História de Castelo de Paiva
Desde o período Paleolítico que a posição geográfica privilegiada de Castelo de Paiva constituiu um pólo de atração de vários povos que aqui se fixaram. Prova disso são os diversos monumentos megalíticos espalhados por todo o concelho. Da ocupação romana ficaram também diversos vestígios, como o Marmoiral da Boavista e a chamada Pia dos Mouros, túmulo hispano-romano, localizado no lugar de Curvite, em Sobrado.
Na Idade Média, esta região fazia parte do território da Anégia. Só a partir do século XI se começou a cimentar a verdadeira identidade da então chamada Terra de Paiva. Foi a partir dos primeiros anos deste século que estas terras ficaram sujeitas a uma mesma autoridade administrativa, judicial e militar.
Inicialmente, o município era designado apenas por Paiva, um nome encontrado pela primeira vez num documento datado do ano de 883. Só há cerca de um século e meio passou a designar-se Castelo de Paiva. A denominação Castelo remete para a existência quase certa de um antigo castro, no local da povoação que conserva aquele nome, enquanto Paiva é o nome de um dos rios que delimita o município.
Crê-se que Castelo, bem como Pedorido, terão pertencido ao fidalgo Egas Moniz, cujo domínio, as chamadas Terras do Ribadouro, se espalhava para além de Lamego. Ambas foram antigos portos para os barcos rabelos que por aqui passavam nas subidas e descidas do Douro.
Foi D. Manuel que, em 1513, concedeu foral a Castelo de Paiva. Porém, há quem defenda que D. Afonso III, em 1260, teria já outorgado um primeiro foral a esta terra do vale do Paiva.
O concelho passou de Julgado a Comarca em outubro de 1890, permanecendo Comarca até 1927. Atualmente, é formado por seis freguesias e tem cerca de 17 mil habitantes, ocupando uma área aproximada de 115 quilómetros quadrados.
A história recente do município ficou tristemente marcada pela queda da ponte de Entre-os-Rios, em março de 2001, tragédia em que morreram 59 pessoas.